3.2.5 Carcinoma espinocelular

Definição

Tumor ceratinocítico maligno com tendência a invasão e metástases. Incidência 30-50/100 000/ano.

Etologia e Patogénese

Surge em pele previamente danificada: UV, radiação ionizante, arsênico, alcatrão, fuligem, cicatrizes anormais, HPV.
Precursores: ceratoses, cicatrizes, úlceras crônicas.
Fatores predisponentes: peles tipo I e II, ocupações com acentuada exposição ao UV (agricultores, montanhistas, marinheiros e muitas mais).

Os sintomas

Geralmente em áreas expostas ao sol, pápulas ou nódulos hiperceratósicos irregulares, facilmente ulceráveis.

Localização

Cabeça, orelhas, lábio inferior, dorso das mãos.

Dermatopatologia

Hiperceratose, cordões de epitélio estendendo-se para dentro da derme, atipias, mitoses, infiltrado inflamatório, disceratose, necrose de células isoladas (apoptose com citoplasma eosinofílico), pérolas córneas.
Grau de diferenciação (índice de Broder): grau I (bem diferenciado, risco de metástase 1-2%), grau IV (mal diferenciado, alto risco)

Curso

Tumores na língua, vulva, pênis e ânus têm maior risco de metástases.

Terapia

Excisão, radioterapia, agentes citostáticos (bleomicina).
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